Se você gosta de Cabernet Sauvignon, comece a olhar para os vinhos Sul Africanos.
A África do Sul é o oitavo maior produtor mundial de vinhos e o sexto maior exportador, conforme os dados de 2013 da OIV (Organisation Internationale de la Vigne et du Vin)
Os vinhedos se concentram principalmente no sudoeste do país, nas províncias do Cabo Ocidental, Cabo Oriental e Cabo Setentrional. Em virtude dessas características geográficas, quanto mais ao sul, junto ao litoral, mais o clima é frio e úmido, dispensando irrigação e dando origem a vinhos de maior qualidade, especialmente nas encostas elevadas, mais protegidas do sol; quanto mais ao norte, longe da costa e da influência moderadora do oceano, mais o clima é quente, precisando de irrigação e originando vinhos mais pesados ou fortificados. O Cabo tem a geologia mais antiga do mundo vinícola, com solos antigos e desgastados baseados no granito, no arenito ou no xisto.
A produção ainda é, majoritariamente, de uvas brancas (55%). As três castas viníferas mais plantadas são a Chenin Blanc – da qual a África do Sul é a maior produtora mundial, embora a área plantada esteja em rápido declínio -, a Colombar (Colombard) – ambas mais utilizadas na produção de brande do que de vinho – e a Sultana (muito utilizada para passas e uvas de mesa). Para produção de vinhos finos, tem aumentado a área cultivada de Chardonnay (a quarta casta branca mais cultivada), Sauvignon Blanc e Riesling (chamada localmente de Cape Riesling, Rhine Riesling ou Weisser Riesling). No entanto, depois de muita experimentação, a África do Sul produz agora alguns dos melhores vinhos brancos de Chenin Blanc fora do Vale do Loire.
Cresce a todo momento a produção de uvas tintas, principalmente Cabernet Sauvignon, Shiraz (Syrah), Pinotage, Merlot, Cinsault, Ruby Cabernet, Cabernet Franc e Pinot Noir. Em apenas dois anos, de 1990 a 1992, a proporção das uvas tintas na área total de vinhedos cresceu de 15,5 para 39%.
A mais característica casta vinífera plantada na África do Sul é a “Pinotage” , cruzamento obtido em 1925 por Abraham Izak Perold, professor de Viticultura da Universidade de Stellenbosch (AFS), tentando combinar o refinamento e a complexidade da Pinot Noir com a robustez da Cinsault, que era chamada na África do Sul de Hermitage.
Alguns vinhos que vale a pena degustar:
- Mullineux 2013 Straw Wine Chenin Blanc
- Klein Constantia 2007 Vin de Constance Muscat
- Warwick 2004 Estate Reserve Red
- Ernie Els 2003 Limited Release Red
- Louis Nel 2012 Cape Winemakers Guild Gonzo Cabernet Sauvignon
- De Toren 2009 Fusion V Red
- Klein Constantia 2005 Vin de Constance Muscat
Fontes: Atlas Mundial do Vinho; Larousse do Vinho